Projeto segue para o Senado e também garante mala de mão de 12 kg sem custo em voos domésticos, proíbe cobrança por marcação de assento padrão e acaba com cancelamento automático da volta em caso de "no show".
Câmara Aprova Projeto que Garante Bagagem Despachada Gratuita em Voos
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira (28) um projeto que garante o despacho gratuito de bagagem de até 23 kg em voos nacionais e internacionais operados no Brasil. A proposta, que agora segue para análise do Senado, representa uma mudança significativa para os passageiros, que pagam por esse serviço desde 2017.
O texto aprovado estabelece que as companhias aéreas deverão permitir, sem custo adicional:
Uma bagagem despachada de até 23 kg
Uma mala de bordo de até 12 kg em voos domésticos
Uma bolsa ou mochila debaixo do assento
Fim de Práticas Contestadas
Além da bagagem gratuita, o projeto proíbe outras cobranças atualmente praticadas pelas companhias:
Marcação de assento padrão: Fica proibida a cobrança para escolher assentos comuns
Cancelamento por "no show": As empresas não poderão mais cancelar automaticamente o trecho de volta se o passageiro perder o voo de ida
Bagagem no porão: Malas de mão que precisarem ser despachadas por falta de espaço terão transporte gratuito
Debate no Plenário
O relator do projeto, deputado Neto Carletto (Avante-BA), justificou a necessidade da lei: "Diante de manifestações recentes de empresas aéreas sobre eventual cobrança por esse tipo de bagagem, impõe-se a necessidade de elevar essa proteção ao nível legal".
O autor da emenda sobre a bagagem despachada, Alex Manente (Cidadania-SP), destacou que desde 2017 as empresas aéreas faturam cerca de R$ 5 bilhões com cobranças de bagagem, sem que isso tenha resultado em redução significativa no preço das passagens.
Já a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) criticou a proposta: "Esses projetos vendem um faz de conta populista. O que vai acontecer? Vai encarecer as passagens para todos".
Próximos Passos
O projeto segue agora para análise do Senado Federal. Se aprovado pelos senadores sem modificações, seguirá para sanção presidencial. As novas regras modificarão o Código Brasileiro de Aeronáutica, trazendo mais segurança jurídica aos direitos dos consumidores do transporte aéreo.

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