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TST encerra mediação entre Correios e trabalhadores sem acordo e agenda nova tentativa de conciliação antes de julgamento

O Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cejusc) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) encerrou, na sexta-feira (26), mais uma rodada de mediação entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e as federações e sindicatos que representam os empregados, sem que as partes alcançassem um consenso. 

Durante o encontro, conduzido em meio à greve nacional iniciada em 23 de dezembro, a Corte tentou construir um acordo para pôr fim ao movimento grevista e ao dissídio coletivo de trabalho, mas sem sucesso. Diante da falta de entendimento, o TST marcou uma nova audiência de conciliação para segunda-feira, 29 de dezembro, às 14h, com o objetivo de promover uma última tentativa de reconciliação entre as partes antes da sessão de julgamento. 

Além disso, o presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, convocou uma sessão extraordinária para a próxima terça-feira (30), quando será analisado o dissídio coletivo que envolve os Correios e os trabalhadores — apesar do recesso forense em vigor até 6 de janeiro. 

Propostas discutidas em mediação

Entre as propostas apresentadas durante a mediação estavam pontos como:

  • Renovação de 79 cláusulas do acordo coletivo de trabalho, com exceções em algumas cláusulas relativas ao vale-alimentação;

  • Recomposição salarial de 5,13%, válida a partir de janeiro de 2026, com pagamento previsto para abril;

  • Aplicação de 100% do INPC acumulado até julho de 2026 a partir de agosto;

  • Vigência do acordo coletivo por dois anos;

  • Manutenção das regras atuais sobre horas extras e repouso remunerado até julho de 2026. 

Contexto da greve e impacto

A greve dos trabalhadores dos Correios se espalhou por diversas unidades do país neste fim de ano, com sindicatos reivindicando melhores condições e reajustes. O TST, ao mesmo tempo, tem se posicionado para assegurar a continuidade mínima dos serviços considerados essenciais. Antes da última rodada de mediação, o tribunal determinou que pelo menos 80% do efetivo da estatal mantivesse atividades durante o movimento paredista, em decisão que prevê multa diária em caso de descumprimento. 

A paralisação ocorre em meio a um cenário financeiro delicado para a ECT, que acumulou um prejuízo de cerca de R$ 6,1 bilhões entre janeiro e setembro de 2025


Fonte: Poder360 

(Reescrito por Rondônia na Rede).

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