O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caminha para concluir o atual mandato com o maior déficit nominal das contas públicas brasileiras desde a criação do Plano Real, em 1994. A projeção é apontada por análises econômicas que acompanham a evolução fiscal do país e indicam agravamento do desequilíbrio entre receitas e despesas federais.
O déficit nominal considera não apenas o resultado primário — diferença entre arrecadação e gastos sem os juros —, mas também os encargos da dívida pública, que têm pesado significativamente no orçamento diante do atual patamar de juros. Estimativas indicam que, entre 2023 e 2026, o déficit nominal médio pode alcançar cerca de 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB), percentual superior ao observado em governos anteriores desde a estabilização da moeda.
Crescimento da dívida preocupa economistas
Especialistas avaliam que o aumento do déficit está diretamente ligado à elevação dos gastos públicos e ao custo do serviço da dívida. Com isso, o endividamento do país avança e reduz a margem de manobra fiscal para investimentos e políticas públicas nos próximos anos.
Mesmo sem atingir os picos registrados durante a pandemia da Covid-19, o cenário atual é considerado preocupante por analistas, que apontam risco de comprometimento da credibilidade fiscal e impacto negativo sobre a confiança de investidores.
Comparação com governos anteriores
Em comparação histórica, os números projetados para o atual mandato colocam o Brasil em uma situação fiscal mais delicada do que em períodos recentes, superando déficits registrados em administrações passadas no período pós-Plano Real. O desempenho reforça o debate sobre a sustentabilidade das contas públicas e a necessidade de ajustes estruturais.
Reflexos para o futuro
Economistas alertam que a continuidade desse cenário pode pressionar o próximo governo a adotar medidas de contenção de gastos, revisão de políticas fiscais ou aumento de receitas para evitar um crescimento ainda maior da dívida pública.
Fonte: Gazeta do Povo – “Lula encerra mandato com maior déficit nominal desde o Plano Real”
Reescrito por: Rondônia na Rede

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