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CNJ apoia rede de acolhimento e fortalece combate à violência contra mulheres em Afuá (PA)

Comitiva do Conselho Nacional de Justiça visita município no Marajó para ouvir instituições locais e impulsionar políticas de proteção a meninas e mulheres.

Em Afuá (PA), CNJ fortalece rede de proteção a meninas e mulheres com escuta e apoio local

Uma comitiva do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) esteve em Afuá, no arquipélago do Marajó (PA), nesta semana, dando continuidade à Ação para Meninas e Mulheres da região. A iniciativa visa combater a violência de gênero por meio do reconhecimento das realidades locais, escuta das instituições e articulação de políticas públicas de proteção.

A ação, que conta com o apoio do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA)Exército Brasileiro e outras parcerias, representa a sexta etapa do projeto no estado. A coordenadora da ação e conselheira do CNJ, Renata Gil, destacou o compromisso coletivo: “Cada um de nós tem um papel a desempenhar. A mudança que queremos começa em mim, começa em nós”.

Escuta das instituições e marcha pela paz

A programação incluiu uma roda de conversa com representantes de órgãos essenciais da rede de proteção, como Creas, Cras, conselho tutelar, Defensoria Pública, Ministério Público e forças policiais. O encontro, realizado no Complexo de Atividades Emily Galfino (CAEG), serviu para diagnosticar desafios e avanços no enfrentamento à violência na região.

Em um ato simbólico de mobilização, centenas de pessoas participaram de uma “biciata” ou marcha pelas ruas de Afuá, pedindo o fim da violência contra meninas e mulheres. A ativista Luiza Brunet reforçou o apoio durante o protesto: “Estamos aqui por vocês e com vocês. Chega de violência!”.

Prestação de contas e resultados concretos

Durante a visita, autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário prestaram contas sobre os resultados alcançados nas etapas anteriores. Entre as conquistas está a implementação de Patrulhas Maria da Penha em todos os municípios já visitados pela ação, além da maior integração entre os órgãos que atuam na proteção de mulheres, crianças e direitos humanos.

“Se existe um projeto que funciona, nós vamos abraçar e impulsionar. Nosso papel principal é fazer com que a justiça seja prestada”, afirmou a conselheira Renata Gil.

A agenda também incluiu uma visita ao Coletivo Mamorana, formado por 40 mulheres que, em sua maioria, são sobreviventes de violência. O coletivo gera renda para famílias locais por meio de negócios e serviços culturais e turísticos, demonstrando a importância do empoderamento econômico como parte da rede de apoio.

Programa permanente de combate à violência

A experiência bem-sucedida no Marajó inspirou a criação de um programa nacional do CNJ: o “Ação para Meninas e Mulheres — Por Toda Parte, Por Todas Elas”. Instituído em novembro de 2025, o programa tem como objetivo articular ações interinstitucionais permanentes para prevenir e enfrentar a violência doméstica, o feminicídio e a exploração sexual, com foco na proteção integral de mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade.

A iniciativa reforça o compromisso do Sistema de Justiça em estar presente nos territórios, ouvindo as comunidades e fortalecendo as redes locais de acolhimento e proteção.

Fonte: Agência CNJ de Notícias

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