O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) afirmou nesta sábado (20)
que uma eventual intervenção militar na
Venezuela configuraria uma catástrofe
humanitária para o Hemisfério Sul e representaria um precedente perigoso para a soberania regional.
A declaração foi feita durante a 67ª Cúpula
do Mercosul, realizada em Foz do
Iguaçu (PR), onde líderes da América do Sul debateram temas políticos
e estratégicos.
Em seu discurso, Lula criticou o que
classificou como ameaças externas à
soberania das nações sul-americanas, citando a presença militar de
potências extrarregionais — em referência a movimentações dos Estados Unidos
próximas à Venezuela — e defendendo o papel do direito internacional como
ferramenta para preservar a paz e evitar conflitos armados.
“Uma intervenção armada na Venezuela seria uma
catástrofe humanitária para o Hemisfério Sul e um precedente perigoso para o
mundo”, afirmou o presidente brasileiro na plenária do bloco regional.
Contexto
regional e diplomacia
No evento, Lula também enfatizou a importância
da cooperação entre os países do Mercosul para enfrentar desafios como o crime organizado,
propondo a realização de reuniões temáticas entre os ministros da Justiça dos
países membros para fortalecer ações conjuntas.
O presidente destacou ainda propostas de
pactos regionais sobre segurança pública,
combate à violência contra mulheres e proteção de crianças no ambiente digital,
como parte de uma estratégia integradora do bloco.
Analistas observam que o posicionamento de
Lula ocorre em um cenário de tensão
crescente entre Washington e Caracas, com movimentação de navios e
tropas dos Estados Unidos no Caribe, alegadamente relacionadas ao combate ao
tráfico de drogas mas interpretadas por diversos governos latino-americanos
como demonstração de poder militar externo.
Repercussão
internacional
A declaração de Lula ecoa preocupações de
outros países da região sobre os possíveis impactos de ações militares em território
vizinho, que poderiam agravar uma crise que já se manifesta em diferentes
frentes — políticas, econômicas e humanitárias — dentro e fora da Venezuela.
Fonte:
MSN Brasil; Istoé
Texto reescrito por: Rondônia na Rede

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