Encontros entre 29/09 e 04/10 em RO e MT buscam escuta transparente sobre impactos da mineração, com materiais traduzidos e intérpretes para garantir participação efetiva das comunidades.
Uma série de reuniões de escuta com o povo Cinta Larga, marcada para ocorrer entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro, promove um diálogo crucial sobre o futuro de seus territórios. O foco dos encontros, que percorrerão aldeias em Rondônia e Mato Grosso, será discutir a possibilidade de autorização para atividades de mineração no entorno e até mesmo no interior de suas terras tradicionais.
A iniciativa, coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas com o apoio da Superintendência Estadual do Indígena de Rondônia (SI), visa garantir que qualquer decisão seja precedida de uma consulta livre, prévia e informada, conforme determina a Constituição.
Escuta Transparente e Acessível
Para assegurar que o diálogo seja genuíno, as reuniões contarão com materiais de apoio e intérpretes traduzidos para a língua Cinta Larga. A medida é fundamental para que as comunidades compreendam plenamente os potenciais impactos e riscos associados aos projetos de mineração, podendo se posicionar de forma coletiva e autônoma.
As discussões ocorrerão nas próprias aldeias, incluindo as localizadas nas Terras Indígenas Roosevelt, Aripuanã, Parque Aripuanã e Serra Morena. Municípios como Espigão do Oeste (RO), Pacarana (RO), Aripuanã (MT) e Juína (MT) sediarão os encontros.
Respeito à Autonomia Indígena
Para Gasodá Suruí, superintendente Estadual Indígena, a presença do estado é um reforço à transparência do processo. “O povo Cinta Larga deve ter acesso às informações claras e condições de refletir coletivamente sobre o futuro de seus territórios”, afirmou. “Estaremos presentes assegurando que o processo ocorra de forma transparente, e em respeito à autonomia indígena. O diálogo é o caminho para garantir direitos, preservar culturas e promover desenvolvimento sustentável”.
A atuação conjunta de órgãos federais e estaduais fortalece o caráter democrático da iniciativa, assegurando a participação efetiva dos povos indígenas e o respeito a seus direitos constitucionais. As reuniões representam um passo significativo na construção de uma política de desenvolvimento que considere e valorize a voz daqueles que são os guardiões ancestrais do território.
Fonte: Governo do Estado de Rondônia
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