junho 14, 2025

A programação na Universidade contou com uma exposição de Arqueologia e visitas às coleções de Ictiofauna, Mastozoologia e Botânica
Porto Velho, RO - A III Mostra Estudantil de Arte e Cultura Indígena (Maloca 2025) chegou ao fim na quarta-feira (11), consolidando-se como um dos maiores encontros de valorização da cultura indígena no ambiente escolar da Região Norte. A programação encerrou no Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM). A mostra foi promovida pelo governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), e reuniu cerca de 170 participantes de 34 escolas indígenas da Rede Estadual de Ensino, representando 30 etnias diferentes.

Visitas às coleções de Ictiofauna da Unir
O último dia da Maloca 2025 foi dedicado à educação e ao patrimônio histórico. Pela manhã, os participantes visitaram a Universidade Federal de Rondônia (Unir) para uma atividade pedagógica guiada. A programação na Unir contou com uma exposição de Arqueologia e visitas às coleções de Ictiofauna, Mastozoologia e Botânica, oferecendo um mergulho no conhecimento científico e na rica biodiversidade da região.
O encerramento da mostra foi marcado por uma visita guiada à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) e seu museu. Os estudantes também exploraram o Cemitério da Candelária & Cemitério das Locomotivas e o Hospital da Candelária, aprofundando-se na história e memória de Rondônia. A Maloca 2025 foi finalizada com apresentações de danças tradicionais, selando a celebração da cultura indígena.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, celebrou o sucesso da terceira edição da Maloca. “A Maloca fortaleceu o intercâmbio cultural entre as comunidades indígenas e promoveu o reconhecimento da diversidade étnica presente no estado”, afirmou.
UM ESPAÇO DE INTERCÂMBIO

Estudantes indígenas visitaram a exposição de Mastozoologia
A secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Pacini, enfatizou a importância da Mostra. “Mais que um evento artístico, a mostra foi um espaço de intercâmbio entre os povos e saberes indígenas”, declarou. Ela ressaltou que “Eventos como a Maloca fortalecem a identidade, valorizam a memória ancestral e reafirmam o compromisso da escola com uma educação plural, inclusiva e comprometida com os direitos dos povos originários”.
A gerente de arte e cultura da Seduc, Sabrynne Sena destacou que a Mostra foi essencial para que os estudantes indígenas expressassem suas identidades e fortalecessem suas tradições. “Todas as produções foram de temática livre, mas voltadas à valorização da memória, dos saberes ancestrais e da cultura indígena como parte fundamental da formação dos jovens”, explicou.
Para o gerente de Educação Escolar Indígena, Quilombola e Campo (GEEIQC), Antônio Puruburá, a Maloca também representou uma oportunidade para a sociedade rondoniense conhecer de perto a riqueza, a diversidade e a resistência dos povos originários do estado. “Ações como essas promovem reconhecimento e valorização das culturas milenares”, opinou.
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