Direção Nacional do Podemos queria comandar a legenda resultante da fusão pelos próximos quatros anos, mas tucanos rejeitaram possibilidade
Porto Velho, RO - Pouco depois de uma convenção nacional do PSDB aprovar a fusão com o Podemos, ambas as legendas decidiram interromper as negociações de união devido a um impasse sobre o controle do novo partido. O Podemos desejava dirigir a nova legenda por quatro anos, algo que os tucanos recusaram.
Renata Abreu, presidente do Podemos, e Pastor Everaldo, membro do partido, contataram Marconi Perillo, presidente do PSDB, e Aécio Neves, deputado do PSDB de Minas Gerais, para propor que o Podemos liderasse o partido unificado.
O PSDB, por sua vez, sugeriu um comando rotativo, alternando a liderança a cada seis meses no início e anualmente depois, proposta que não foi aceita pelo Podemos, resultando no fim das discussões.
No Congresso, os partidos possuem representatividade semelhante, com o PSDB tendo 13 deputados e o Podemos 15 na Câmara, e no Senado, três senadores tucanos contra quatro do Podemos.
A fusão foi considerada em um contexto de declínio do PSDB, que já havia dirigido o país sob Fernando Henrique Cardoso e fora um protagonista político importante por duas décadas, mas agora enfrenta uma diminuição de sua influência no Congresso e entre governadores. Recentemente, os governadores Eduardo Leite e Raquel Lyra deixaram o PSDB para se juntar ao PSD.
Como alternativa à fusão, o PSDB agora busca uma federação, que, diferentemente de uma fusão, pode ser desfeita após quatro anos, preservando a autonomia dos partidos participantes, ainda que exija que eles alinhem suas pautas nas eleições e no Congresso.
A federação facilita o cumprimento das exigências da cláusula de desempenho, aumentando o acesso a fundo partidário e tempo de propaganda. Embora atualmente aliado ao Cidadania, o PSDB planeja uma nova federação com partidos como Republicanos, MDB, Solidariedade, e até mesmo o Podemos, pois essa configuração minimiza a disputa pelo controle.
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