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Edir Macedo insiste em censurar obra da Netflix sobre possessão, mas perde mais uma vez

Bispos da Igreja Universal não obtiveram sucesso na primeira instância da Justiça paulista e apelaram, mas fracassaram no recurso



O bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus. Foto: Reprodução

Porto Velho, RO - O Tribunal de Justiça de São Paulo negou um recurso dos bispos Edir Macedo e Renato Cardoso contra a Netflix. Eles buscavam retirar do documentário Deus no Tribunal, que estreou em 2023, cenas de cultos da Igreja Universal do Reino de Deus.

A obra trata de um julgamento nos Estados Unidos em que o réu justifica um homicídio sob o argumento de ter sofrido uma “possessão demoníaca”. Macedo e Cardoso, que aparecem rapidamente, alegaram que o filme viola o direito de imagem e compromete sua reputação.

A primeira instância da Justiça paulista já havia rejeitado a demanda dos bispos, mas eles recorreram. Perderam novamente, contudo, na Terceira Câmara de Direito Privado, na qual prevaleceu o voto da relatora, Viviani Nicolau.

Um dos argumentos da Corte é que a ação só foi ajuizada em outubro de 2024 e que, por isso, o alegado prejuízo à imagem da dupla já estaria consolidado.

Além disso, as cenas em que os bispos aparecem são curtas e não permitem uma fácil identificação das figuras, uma vez que as gravações exibidas são antigas e de baixa qualidade.

“Os autores são pessoas públicas de conhecimento notório, e as imagens em questão foram capturadas em cerimônia religiosa por eles ministrada e aberta ao público”, diz um trecho do acórdão, publicado em 14 de abril. “Tais gravações são utilizadas no documentário de forma a contextualizar o exorcismo de uma pessoa possuída, estando relacionadas, portanto, ao tema central da obra.”

Por fim, sustenta o colegiado do TJ-SP, a obra se apresenta como um documentário, o que torna desnecessária a prévia autorização para veiculação das imagens.

Fonte: Carta Capital

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