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MPF cobra tombamento definitivo do Forte Príncipe da Beira e recursos para restauração em Rondônia

 

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma Ação Civil Pública para que o Governo de Rondônia conclua, no prazo máximo de um ano, o processo de tombamento definitivo do Real Forte Príncipe da Beira, um dos mais importantes patrimônios históricos do estado.

Localizado no município de Costa Marques, a cerca de 713 quilômetros de Porto Velho, o forte aguarda a formalização definitiva do tombamento, apesar de já constar como protegido de forma provisória na Constituição Estadual.

A ação foi assinada pelo procurador da República Gabriel de Amorim Silva Ferreira e estabelece que o Estado instaure o procedimento administrativo de tombamento em até 30 dias, com conclusão em 365 dias. Além disso, o MPF requer que o governo estadual libere, no prazo máximo de 60 dias, os recursos financeiros necessários para a execução do projeto de restauração do imóvel.

O plano de recuperação foi elaborado pelo Exército Brasileiro, sob a supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo o MPF, a ausência de um tombamento definitivo tem contribuído para a deterioração do forte, especialmente em áreas internas da edificação.

Na ação, o órgão destaca que, embora o tombamento esteja previsto na legislação estadual, a medida tem caráter apenas provisório. Para que a proteção seja definitiva, é necessário cumprir os trâmites administrativos previstos no Decreto-Lei nº 25/1937, conforme entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal.

O MPF também ressalta o valor histórico, cultural e social do Real Forte Príncipe da Beira. Além de ser um importante ponto turístico, com média de cerca de 500 visitantes por mês, o local representa a memória de comunidades tradicionais, já que a construção foi erguida por pessoas escravizadas, cujos descendentes integram a comunidade quilombola da região.

Para o órgão, a conclusão do tombamento e a liberação de recursos para o restauro são medidas essenciais para garantir a preservação do patrimônio e o reconhecimento de sua relevância histórica para Rondônia e para o Brasil.


Fonte: Gov
Texto reescrito por: Rondônia na Rede

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