Linha de apoio: Senador de Rondônia diverge de colegas de bancada e critica iniciativas que enfraquecem instituições
Porto Velho, RO - Em meio à crescente tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) se posicionou publicamente contra o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, tomando uma postura diferente de seus colegas de bancada, senadores Marcos Rogério (PL) e Jaime Bagattoli (PL), que defendem a destituição do magistrado.
O pronunciamento foi feito por Confúcio em suas redes sociais, por meio de uma publicação no Instagram, onde o senador destacou:
“Sigo defendendo o diálogo, o equilíbrio entre os Poderes e o foco no que realmente importa para a vida das pessoas”. O emedebista afirmou entender as manifestações populares e o momento político atual, mas reforçou seu compromisso com a estabilidade institucional. “Não apoio iniciativas que enfraqueçam as instituições ou que se baseiem em disputas políticas, e não em fundamentos jurídicos consistentes”, afirmou.
Confúcio Moura também destacou questões essenciais que, em sua opinião, deveriam ser prioridade no debate público. O senador elencou áreas como saúde, educação, segurança e geração de empregos como fundamentais para o desenvolvimento do país e para a melhoria da qualidade de vida da população. “Não podemos desviar o foco do que realmente importa para a vida das pessoas”, afirmou.
O posicionamento de Confúcio Moura se contrapõe diretamente às declarações de Jaime Bagattoli e Marcos Rogério, seus colegas de bancada, ambos do PL de Rondônia. Bagattoli, em particular, demonstrou um forte apoio ao impeachment de Moraes, participando da ocupação da mesa diretora do Congresso Nacional em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro determinada por Moraes.
Em um discurso no plenário, Bagattoli declarou: “Nós precisamos impidimar o senhor Alexandre de Moraes. Ele foi, esse ministro foi ao extremo”. O senador também criticou a demora na tramitação de pautas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e afirmou que não sairia do plenário até que houvesse uma resposta do Senado.
Já Marcos Rogério também se posicionou favorável ao impeachment, apresentando um requerimento formal para abertura do processo. Rogério, que no passado se opôs à instalação da CPI da Lava Toga, agora argumenta que o Senado precisa ser mais firme diante do que considera abusos de autoridade por parte do Supremo.
Com seu posicionamento, Confúcio Moura se distanciou não apenas da ala mais conservadora do Senado, mas também de parte de seus colegas de Rondônia. Embora não tenha se referido diretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou aos eventos recentes relacionados à sua prisão, o senador optou por uma linha de discurso focada na moderação institucional e no atendimento às demandas sociais do país.
Sua manifestação gerou reações variadas nas redes sociais. Alguns elogiaram a “sensatez política” de Confúcio, enquanto outros o acusaram de se omitir diante da crise entre os Poderes, ao evitar se posicionar contra as ações do Supremo Tribunal Federal.
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