Ministro da Fazenda afirma que governo entregou subsídios técnicos ao relator; para fechar as contas, defende aprovação de projeto que reduz incentivos e pode incluir taxação de apostas e fintechs.
Orçamento de 2026 precisa de R$ 20 bi para ser fechado, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (16) que o governo federal precisa de R$ 20 bilhões para equilibrar as contas do Orçamento do próximo ano. A principal solução defendida pela equipe econômica é a aprovação de um projeto que corta 10% dos benefícios fiscais infraconstitucionais – ou seja, aqueles não previstos na Constituição, como os da Zona Franca de Manaus.
Em entrevista, Haddad destacou que a decisão final agora está com o Congresso Nacional. “Fizemos algumas simulações para o relator, e agora a decisão está com o Congresso Nacional, mas os subsídios foram entregues para que a conta pudesse fechar”, disse o ministro, após participar de uma reunião com líderes partidários.
O calendário é considerado apertado. Para que o relator do Orçamento consiga fechar a proposta sem riscos fiscais, a votação do texto precisa ocorrer ainda nesta semana: “Teria que aprovar hoje na Câmara e amanhã no Senado”, ressaltou Haddad.
Negociação no Congresso pode incluir taxação de apostas e fintechs
Parlamentares buscam um acordo para reduzir a resistência à medida. A principal alternativa em discussão é escalonar o corte dos benefícios ao longo de três ou quatro anos, dando tempo para que os setores impactados se adaptem.
Segundo o líder do MDB na Câmara, deputado Isnaldo Bulhões Jr., a negociação também pode incorporar a taxação de apostas esportivas (bets) e de fintechs – temas que enfrentaram dificuldades em votações anteriores no Senado.
Haddad afirmou que a proposta de analisar cortes lineares partiu de um pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta, e que o governo aguarda a versão final do texto para avaliar seu apoio. O objetivo é garantir que o Orçamento de 2026 tenha receitas concretas e não apresente riscos à sustentabilidade fiscal
Fonte: Agência Brasil

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