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Brasil lança primeiro Centro de Clima e Saúde do país, com foco na Amazônia, em Rondônia

Iniciativa faz parte do plano AdaptaSUS, apresentado na COP30, e recebe investimento de R$ 60 milhões; centro será referência no estudo dos impactos das mudanças climáticas na saúde pública.

Brasil avança na adaptação climática com primeiro Centro de Clima e Saúde, inaugurado em Rondônia

O Ministério da Saúde inaugurou, nesta terça-feira (16), em Porto Velho (RO), o primeiro Centro de Clima e Saúde do Brasil (CCSRO), com foco territorial na Amazônia. A unidade, instalada na nova sede da Fiocruz na capital rondoniense, integra o Plano Nacional de Adaptação do Setor Saúde às Mudanças Climáticas (AdaptaSUS), apresentado durante a COP30, em Belém.

Com um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, o centro terá a missão de produzir conhecimento científico, formar profissionais especializados e fortalecer a capacidade de resposta do SUS aos efeitos das mudanças climáticas, como queimadas, secas e enchentes.

Durante a inauguração, o ministro Alexandre Padilha destacou a importância da iniciativa: “Este Centro permitirá o acompanhamento sistemático desses dados e possibilitará que as secretarias de saúde planejem ações para reduzir os efeitos das mudanças climáticas na saúde da população”.

Foco na Amazônia e legado da COP30

O CCSRO é uma das 93 ações previstas no AdaptaSUS, que estabelece 27 metas até 2035. A região amazônica é prioridade no plano, por meio da estratégia Mais Saúde Amazônia Brasil, que prevê mais de R$ 4,5 bilhões em obras de saúde já em andamento na região.

O centro coloca o Brasil ao lado de países como Reino Unido e Estados Unidos, que já possuem estruturas semelhantes, sendo o primeiro com foco específico na Amazônia. A expectativa é que se torne uma referência para a América Latina e o Caribe no âmbito da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).

Mais investimentos em Rondônia

A agenda do ministro no estado incluiu ainda outros anúncios importantes:

  • Primeiro hospital universitário de Rondônia: Foi formalizada a aquisição do prédio que, após reforma, será doado à Universidade de Rondônia (UNIR) para funcionar como hospital universitário, com gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

  • R$ 157,5 milhões para Ji-Paraná: Foram destinados recursos do Novo PAC para a construção de uma maternidade de alto risco, duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e uma Unidade Odontológica Móvel (UOM) no município.

  • Carreta da Saúde da Mulher: Foi inaugurada em Ji-Paraná uma unidade móvel do programa Agora Tem Especialistas, que realizará mamografias, ultrassons e consultas especializadas, com capacidade para cerca de 50 atendimentos diários.

Com essas ações, o governo federal reforça o compromisso de reduzir desigualdades regionais em saúde, adaptar a infraestrutura pública aos desafios climáticos e expandir o acesso a serviços especializados no SUS

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