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Operação Atlas fortalece integração das Forças Armadas na Amazônia

 Exercício militar mobiliza mais de 8 mil militares em um dos cenários mais desafiadores do país



Porto Velho - RO - A Amazônia está sendo palco da Operação Atlas, ação conjunta das Forças Armadas iniciada em julho e que segue até outubro, com o objetivo de testar a capacidade de mobilidade, integração e defesa em uma das regiões mais complexas do território nacional.

De acordo com o Ministério da Defesa, cerca de 8,6 mil militares participam da missão, que envolve atividades terrestres, fluviais, marítimas e aéreas. A operação busca fortalecer a prontidão operacional e a cooperação entre Exército, Marinha e Aeronáutica, simulando situações reais de combate e logística.

Participação das Forças Armadas

A Marinha é a força com maior contingente, mobilizando 4.619 militares, 46 embarcações, 247 meios de Fuzileiros Navais – incluindo viaturas blindadas Astros e Clanf – além de 12 helicópteros.

O Exército emprega 3.607 militares, 434 viaturas leves e pesadas, 40 blindados (Astros, Guarani e Leopardo) e 7 helicópteros.

Já a Aeronáutica atua com 410 militares, 21 aeronaves de transporte, patrulha, caça e helicópteros, além do suporte de 3 satélites.

Segundo o almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, a operação permite avaliar a capacidade de deslocamento estratégico das tropas:

“Se conseguimos executar essa mobilidade na Amazônia, qualquer outro cenário do país se torna menos desafiador.”

Etapas da Operação Atlas

A ação ocorre em três fases:

  • Planejamento integrado (30/06 a 11/07): realizado em Brasília, definiu estratégias conjuntas, sistemas de comando e cenários simulados.

  • Deslocamento estratégico (27/09 a 01/10): movimentação de tropas e equipamentos para a Amazônia e para a região marítima da foz do rio Amazonas.

  • Exercícios em campo (02 a 11/10): execução prática em áreas do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, com operações simultâneas em diferentes ambientes.

O general de divisão Júlio César Palú Baltieri destacou a importância da integração:

“O mais comum é cada força treinar separadamente, mas a função da Defesa é justamente unir as capacidades em um esforço conjunto.”

Testes e novos armamentos

A Força Aérea destacou caças A-1M da Base Aérea de Santa Maria (RS) e aeronaves A-29 Super Tucano, de Boa Vista (RR). O A-29 é usado em operações de contato visual e cenários irregulares, enquanto o A-1M tem maior poder de fogo e armamentos guiados.

Em setembro, no Campo de Instrução de Formosa (GO), ocorreu a fase Atlas Armas Combinadas, com testes de armamentos como o míssil antiaéreo Mistral, metralhadoras .50, o míssil anticarro 1.2 AC MAX e o drone kamikaze, primeira aeronave de ataque remotamente pilotada das Forças Armadas.

Segundo a Marinha, o míssil 1.2 AC MAX é um dos destaques da operação, desenvolvido com tecnologia 100% nacional. O equipamento tem velocidade de 240 m/s, alcance de até 2 km e capacidade de perfuração superior a 300 mm em blindagem, reforçando o poder de combate em operações terrestres.




Fonte: BBC News Brasil

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