O crime ocorreu em uma cidade no noroeste do Equador, em meio à onda de violência e massacres que o país vive

Militares do Equador. Foto: Ecuadorian Ministry of Defense/AFP
Porto Velho, RO - Sete pessoas morreram neste domingo (17) no Equador quando agressores abriram fogo em um salão de bilhar, a terceira chacina desse tipo no que vai do mês, informou a polícia em meio à onda de violência que atinge o país.
O Equador, situado entre os dois principais exportadores de cocaína do mundo, Colômbia e Peru, tem sofrido crescentes surtos de violência devido às disputas entre bandos criminosos com vínculos com cartéis mexicanos e colombianos.
O massacre deste domingo, ocorrido na cidade de Santo Domingo, cerca de 160 km a oeste de Quito, ficou registrado nas câmeras de segurança.
Os agressores, com capuzes pretos e armas longas, dispararam contra várias pessoas no bilhar localizado na zona de bares da cidade, segundo imagens divulgadas nas redes sociais.
Há “sete pessoas falecidas em decorrência de impactos de arma de fogo”, razão pela qual estamos em “tarefas investigativas para esclarecer o fato violento e chegar aos responsáveis”, disse a polícia nacional em um chat com jornalistas, sem dar mais detalhes.
De acordo com a imprensa local, as investigações preliminares indicam que os assassinatos podem estar relacionados ao crime organizado na região.
A cerca de 30 km de Santo Domingo, homens armados mataram em abril 12 pessoas em uma rinha de galos na comunidade rural de La Valencia.
Violência em alta
A violência provocada pelo narcotráfico e pelos grupos ilegais no Equador está em ascensão. Entre janeiro e maio foram registrados mais de 4.051 homicídios, segundo cifras oficiais. Analistas consideram que se trata do início de ano mais violento da história recente do país.
Apesar das operações realizadas e dos constantes estados de exceção, a política de mão dura do governo de Daniel Noboa não reduziu as mortes violentas no país.
Somente no fim de semana passado foram registradas 14 mortes por chacinas na convulsa província de Guayas, uma das quatro províncias onde Noboa declarou recentemente estado de emergência para combater a violência das gangues.
No dia 10 de agosto, oito pessoas morreram pelas mãos de atacantes que dispararam contra uma multidão em frente a uma discoteca. No mesmo dia, assaltantes vestidos de militares mataram seis pessoas em um bairro popular de Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador e ponto crítico da onda de violência do país.
As quadrilhas que disputam o controle das rotas do narcotráfico no Equador aproveitam a localização estratégica do país, sua economia dolarizada e a corrupção de algumas autoridades.
Segundo cifras oficiais, pelos portos equatorianos transita 73% da cocaína produzida no mundo.
Em 2024, o país apreendeu o recorde de 294 toneladas de drogas, principalmente cocaína, frente a 221 toneladas em 2023.
Fonte: Carta Capital
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