Banhos longos, aparelhos em stand-by e má rotina de uso explicam grande parte do gasto — e podem ser controlados

Com chapéu alheio. A maior parte das subvenções está embutida nas contas de luz dos consumidores. Todos pagam – Imagem: iStockphoto
Porto Velho, RO - A chegada do inverno costuma elevar o valor da conta de luz em milhares de residências. O principal motivo está no uso prolongado de chuveiros elétricos, aquecedores, iluminação artificial e eletrodomésticos que ficam ligados por mais tempo.
Dados da Neoenergia apontam que o chuveiro pode representar até 35% do consumo total de uma casa durante os meses frios. O impacto pode ser ainda maior em famílias grandes ou em residências com pouca entrada de luz natural.
Apesar disso, ajustes simples de comportamento ajudam a reduzir o desperdício e a manter o consumo sob controle.
Banhos longos e horários de pico elevam o gasto
O uso do chuveiro é o maior fator de impacto nas contas de energia durante o inverno. Reduzir o tempo de banho e evitar o horário de pico entre 18h e 21h são medidas que ajudam a economizar.
Colocar o chuveiro na posição “verão” ou “morna” também reduz o consumo de energia sem comprometer o conforto térmico.
Aparelhos em stand-by continuam consumindo
Televisores, micro-ondas, aparelhos de som e carregadores conectados à tomada seguem consumindo energia mesmo desligados.
Estudos indicam que esse uso invisível pode responder por até 12% da fatura mensal. Desligar os dispositivos da tomada ou utilizar filtros de linha com chave liga/desliga são formas práticas de eliminar esse gasto.
Tensão elétrica não muda o consumo
Existe a ideia de que aparelhos ligados em 220V consomem menos energia que os de 110V, mas isso não é verdadeiro.
O consumo depende da potência do equipamento (em watts) e do tempo de uso, independentemente da voltagem.
Passar roupa de uma vez só consome menos
Cada vez que o ferro elétrico é acionado, há um pico de consumo para atingir a temperatura ideal. Por isso, reunir todas as peças e passar em sequência é mais eficiente do que fazer isso em etapas.
Modelos com controle de temperatura e função vapor ajudam a manter o calor por mais tempo e tornam o processo mais econômico.
Ar-condicionado ajustado reduz o impacto
No frio, manter o ar-condicionado na temperatura média de 23°C evita sobrecarga no sistema.
Modelos com tecnologia inverter mantêm a temperatura estável e economizam energia ao evitar picos de funcionamento.
Geladeira exige atenção contínua
Mesmo nos dias frios, a geladeira segue sendo um dos aparelhos que mais consomem energia em casa.
Evitar abrir a porta com frequência, não encostar o aparelho na parede e verificar o estado da borracha de vedação são medidas simples que contribuem para o desempenho eficiente.
Lâmpadas de LED têm maior eficiência
A substituição de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por modelos de LED é uma forma eficaz de reduzir o consumo.
As LEDs consomem até 80% menos energia e têm vida útil até dez vezes maior, além de emitirem menos calor, o que melhora o conforto nos ambientes.
Pequenas ações fazem diferença
A economia não depende de grandes investimentos. Simples mudanças de hábito como desligar o aquecedor ao sair do cômodo, manter a geladeira regulada e aproveitar mais a luz natural são suficientes para reduzir o valor da conta ao fim do mês.
Atenção aos detalhes no uso cotidiano de energia é o caminho mais direto para manter o controle sobre o consumo durante o inverno.
Fonte: Carta Capital
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